29 de novembro de 2013

Hino de Souto - Ano de 2005



Fonte -  calidum 




Um dia o presidente da Junta de Freguesia de Souto, concelho de Terras de Bouro, pediu-me para lhe escrever um poema para hino da terra. Nunca tal coisa imaginei escrever. Mas escrevi. Depois telefonei ao Pedro Barroso (tão só um dos maiores cantores /compositores do país) e falei-lhe do hino e pedi para que ele o musicasse. Não só o fez, como fez quase mil kilómetros para o fazer, cantar e permitir a gravação, mesmo que artesanal, a troco dum abraço...
Os homens vêm-se nos gestos...

Aqui vai o que ambos fizemos...








TERRA de OUTONO


Dos castanheiros de Outono
No Inverno as folhas vão...
Mas, da Primavera, as flores
Radiosas, de mil cores
Essas ficam para o Verão.
Se a teus pés o Rio Homem
Te refresca em água fria
Tens tu Souto em Santa Cruz
A figura de Jesus
Vigilante noite e dia.
Outrora, em tempo distante
Foste vila, lei, verdade...
E a forca que punia
Memória de pedra fria
Em terra de liberdade!...
A sul, em trilho traçado
A história por ti reclama...
Que o Império então formado
Te legou no chão marcado
Milenar  "Geira" romana.
No extremo do concelho
És bordada a verde e ouro
São Salvador é patrono
Desta Rainha do Outono
Que é Souto, Terras de Bouro.
Em Souto, terra de Outono
As folhas partem sem querer
Fica a alma aconchegada
Tanta terra, tanta estrada
E é nesta que eu quero viver!...
Fica a alma aconchegada
Tanta terra, tanta estrada
E é nesta que eu quero viver!...


João Luís Dias 






Sem comentários:

Enviar um comentário