Fonte - calidum
Um
dia o presidente da Junta de Freguesia de Souto, concelho de Terras de Bouro,
pediu-me para lhe escrever um poema para hino da terra. Nunca tal coisa
imaginei escrever. Mas escrevi. Depois telefonei ao Pedro Barroso (tão só um
dos maiores cantores /compositores do país) e falei-lhe do hino e pedi para que
ele o musicasse. Não só o fez, como fez quase mil kilómetros para o fazer,
cantar e permitir a gravação, mesmo que artesanal, a troco dum abraço...
Os
homens vêm-se nos gestos...
Aqui
vai o que ambos fizemos...
TERRA
de OUTONO
Dos
castanheiros de Outono
No
Inverno as folhas vão...
Mas,
da Primavera, as flores
Radiosas,
de mil cores
Essas
ficam para o Verão.
Se
a teus pés o Rio Homem
Te
refresca em água fria
Tens
tu Souto em Santa Cruz
A
figura de Jesus
Vigilante
noite e dia.
Outrora,
em tempo distante
Foste
vila, lei, verdade...
E
a forca que punia
Memória
de pedra fria
Em
terra de liberdade!...
A
sul, em trilho traçado
A
história por ti reclama...
Que
o Império então formado
Te
legou no chão marcado
Milenar
"Geira" romana.
No
extremo do concelho
És
bordada a verde e ouro
São
Salvador é patrono
Desta
Rainha do Outono
Que
é Souto, Terras de Bouro.
Em
Souto, terra de Outono
As
folhas partem sem querer
Fica
a alma aconchegada
Tanta
terra, tanta estrada
E
é nesta que eu quero viver!...
Fica
a alma aconchegada
Tanta
terra, tanta estrada
E
é nesta que eu quero viver!...
João Luís Dias
Fonte - Jluísdias
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